Na reunião da CPI do Ensino Superior Privado, feita no dia 16 de novembro, o professor e deputado Carlos Giannazi, em seu pronunciamento, disse que "há um abismo” entre as denúncias encaminhadas pelo mandato à Comissão e ao Ministério da Educação — que está de posse de um dossiê com inúmeras e graves denúncias contra a UNIESP — e o discurso do mantenedor da instituição, José Fernando Pinto da Costa.
O parlamentar foi direto ao debate sobre as irregularidades listadas por ocasião de uma audiência pública por ele organizada na ALESP, que contou com diretores da Federação dos Professores do Estado de São Paulo (FEPESP), do Sindicato dos Professores do Estado de São Paulo (SINPRO), da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (CONTEE), alunos, pais de alunos, professores, ex-professores e advogados cujos clientes estão acionando na Justiça a UNIESP.
Denúncias como falta de repasse da contribuição ao INSS, falta de depósito do FGTS, demissão arbitrária de professores, assédio moral a docentes e funcionários, incompetência gerencial (falta de professores, aulas canceladas e superlotação de salas), gestão despótica no processo de concessão de bolsas de estudos, problemas com o FIES e Prouni, irregularidades no programa Bolsa-Universidade (do governo do estado) com relação à instituição, atraso nos salários dos docentes, recontratação de demitidos com redução de remuneração, entre outras, foram levantadas na AP e recolocadas por Giannazi durante a sessão da CPI, a fim de que fossem respondidas pelo mantenedor.
Diante das rasas e insatisfatórias explicações dadas pelo reitor na UNIESP, Giannazi argumentou que o Grupo funciona como um “mercador da Educação” porque, mesmo com tantas dificuldades de ordem financeiras e fiscal, “não para de se expandir”. “Os graves fatos até então levantados e já documentados devem ser remetidos novamente para o MEC para que ajude nas investigações sobre a UNIESP”, defende o deputado.
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