13.10.11 - México
Enquete revela que quase 28% das pessoas acima de 60 anos já tiveram direitos desrespeitados por conta da idade
Karol Assunção
Jornalista da Adital
Adital
"A idade é uma das três principais condições pelas quais a população mexicana sente que seus direitos não têm sido respeitados, quase um quarto da população assim sustenta”. Isso é o que afirma a Enquete Nacional sobre Discriminação no México (Enadis 2010) referente a pessoas maiores de 60 anos. Apresentada pelo Conselho Nacional para Prevenir a Discriminação (Conapred) e pelo Instituto Nacional das Pessoas Adultas Idosas (Inapam), a pesquisa revela que 27,9% das pessoas com mais de 60 anos no México já sentiram que seus direitos foram desrespeitados alguma vez por conta da idade.
De acordo com a publicação, os idosos são considerados no México como o quarto grupo vulnerável à discriminação. "Três de cada dez pessoas no México consideram que os direitos das pessoas adultas idosas não se respeitam em ‘nada' e outras três opinam que se respeitam ‘pouco'”, observa.
Realizada entre 14 de outubro e 23 de novembro de 2010, a enquete foi aplicada em 13.751 casas que disponibilizaram informações de 52.095 pessoas das 32 unidades federativas do país. Apesar de mostrar que 75,6% da população geral consideram que não existem motivos para negar trabalho a uma pessoa mais velha, 58,6% observam que, na realidade, essa negação ocorre com frequência.
A enquete aponta que 36% das pessoas adultas com mais de 60 anos consideram a questão trabalhista como o principal problema da idade delas. Em seguida, essa parcela da população aponta saúde e deficiência (15,1%), e discriminação, intolerância e maus tratos (9,9%) como principais problemas enfrentados por ela.
No âmbito pessoal, a ordem dos problemas não se altera muito. "As pessoas de sessenta anos e mais consideram dentro dos três problemas mais importantes, em sua experiência pessoal, os problemas econômicos em primeiro lugar, seguidos dos relacionados à saúde e, depois, os de caráter trabalhista”, apresenta.
De acordo com a enquete, 56,8% das pessoas idosas não possuem renda suficiente para suprir suas necessidades e 61,8% dependem economicamente de uma pessoa da família.
A pesquisa chama a atenção para a questão dos idosos no país principalmente por conta da mudança demográfica no México. Dados do Censo de População e Moradia realizado no ano passado pelo Instituto Nacional de Estatística e Geografia (Inegi) registraram 10,1 milhões de pessoas acima de 60 anos no país.
Para Conapred e Inapam, as informações da enquete mostram que a população idosa mexicana ainda enfrenta exclusão e desrespeito de seus direitos. "Estas pessoas necessitam e, sobretudo, merecem ser vistas desde uma perspectiva de direitos próprios, desde a perspectiva de que sua inclusão não é uma prerrogativa discricionária, mas sim uma obrigação”, destacam.
A Enquete completa pode ser lida em: http://www.conapred.org.mx/redes/userfiles/files/Enadis-2010-PAM-Inaccesible.pdf
De acordo com a publicação, os idosos são considerados no México como o quarto grupo vulnerável à discriminação. "Três de cada dez pessoas no México consideram que os direitos das pessoas adultas idosas não se respeitam em ‘nada' e outras três opinam que se respeitam ‘pouco'”, observa.
Realizada entre 14 de outubro e 23 de novembro de 2010, a enquete foi aplicada em 13.751 casas que disponibilizaram informações de 52.095 pessoas das 32 unidades federativas do país. Apesar de mostrar que 75,6% da população geral consideram que não existem motivos para negar trabalho a uma pessoa mais velha, 58,6% observam que, na realidade, essa negação ocorre com frequência.
A enquete aponta que 36% das pessoas adultas com mais de 60 anos consideram a questão trabalhista como o principal problema da idade delas. Em seguida, essa parcela da população aponta saúde e deficiência (15,1%), e discriminação, intolerância e maus tratos (9,9%) como principais problemas enfrentados por ela.
No âmbito pessoal, a ordem dos problemas não se altera muito. "As pessoas de sessenta anos e mais consideram dentro dos três problemas mais importantes, em sua experiência pessoal, os problemas econômicos em primeiro lugar, seguidos dos relacionados à saúde e, depois, os de caráter trabalhista”, apresenta.
De acordo com a enquete, 56,8% das pessoas idosas não possuem renda suficiente para suprir suas necessidades e 61,8% dependem economicamente de uma pessoa da família.
A pesquisa chama a atenção para a questão dos idosos no país principalmente por conta da mudança demográfica no México. Dados do Censo de População e Moradia realizado no ano passado pelo Instituto Nacional de Estatística e Geografia (Inegi) registraram 10,1 milhões de pessoas acima de 60 anos no país.
Para Conapred e Inapam, as informações da enquete mostram que a população idosa mexicana ainda enfrenta exclusão e desrespeito de seus direitos. "Estas pessoas necessitam e, sobretudo, merecem ser vistas desde uma perspectiva de direitos próprios, desde a perspectiva de que sua inclusão não é uma prerrogativa discricionária, mas sim uma obrigação”, destacam.
A Enquete completa pode ser lida em: http://www.conapred.org.mx/redes/userfiles/files/Enadis-2010-PAM-Inaccesible.pdf
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