terça-feira, 31 de maio de 2011

PLENÁRIA DO SEGMENTO DOS TRABALHADORES DE SAÚDE

Plenária de Trabalhadores de Saúde
Segmento dos Trabalhadores
Conselho Municipal de Saúde Petrolina

O Segmento dos Trabalhadores em Saúde do Conselho Municipal de Saúde e Comissão Organizadora da 7ª Conferência Municipal de Saúde de Petrolina convocam os trabalhadores de saúde para plenária de discussão e eleição de delegados para 7ª Conferência Municipal de Saúde de Petrolina a realizar-se na Sede da ACOSAP (Associação dos Agentes Comunitários de Saúde de Petrolina):

Local: Rua 5, 181 - Antônio Cassimiro - (87)3861-2452
Data: 03 de junho de 2011
Hora: 14h.

Pauta da reunião:
        - Discussão da temática da 7ª Conferência Municipal de Saúde “Todos usam o SUS! SUS na seguridade social, política pública, patrimônio do povo brasileiro”, com o seguinte eixo: “Acesso e acolhimento com qualidade – um desafio para o SUS”
        - Eleição de delegados para 7ª Conferência Municipal de Saúde
        - Outros assuntos de interesse da plenária

Informações: Conselho Municipal de Saúde – (87)3866-8565
                     Luciana Mendes – (87)8806-6998
                     Dalvanísia – (87)8809-7125
                     Perpétua – (87)8811-8861
                     Iracema – (87)8811-8754
 

segunda-feira, 30 de maio de 2011

QUESTIONAMENTOS DO PSOL DE PETROLINA SOBRE MEDICAMENTOS VENCIDOS NA 8ª GERES, CONTINUAM REPERCUTINDO


 http://www.blogfolha.com/?p=30983

PSOL de Petrolina envia ao Ministério Público denúncia sobre remédios vencidos encontrados na 8ª Geres


30 de maio, 2011
Em nota à imprensa, o presidente do PSOL em Petrolina, Rosalvo Antônio, afirmou que as explicações dadas pela Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco à denúncia feita pelo partido são contraditória. Por isso, o PSOL está enviando ao Ministério Público todo o material para ser analisado.
Leia a nota do PSOL:

TIRE SUAS CONCLUSÕES EM RELAÇÃO AOS MEDICAMENTOS ESTRAGADOS NA 8ª GERES

PARA BUSCAR RESPOSTAS EM RELAÇÃO AOS MEDICAMENTOS ESTRAGADOS NA 8ª GERES EM PETROLINA, O PSOL VAI ENCAMINHAR A DENÚNCIA AO MINISTÉRIO PÚBLICO.
Como observamos as explicações são divergentes onde em uma nota:
“A Secretaria Estadual de Saúde (SES) esclarece que o medicamento Nistatina não é distribuído pelas Gerências Regionais de Saúde (Geres). Por ser da rede básica de saúde, o fluxo de distribuição é de responsabilidade dos municípios, que o recebem diretamente do Governo do Estado, sem intermédio das Geres... O lote de Nistatina, já vencido, foi encaminhado, no final do ano passado, pelas prefeituras da região à VIII Geres, com o objetivo de que a Gerência desse o destino adequado ao material
 E na outra nota:
“A Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) informa que os medicamentos estocados na sede da VIII Gerência Regional de Saúde (Geres), em Petrolina, são resultado de operações realizadas durante todo o ano de 2010, em conjunto com as polícias Civil e Federal. As fiscalizações foram feitas em farmácias e distribuidores de toda a região do Sertão do São Francisco e tiveram o objetivo de apreender medicamentos vencidos, falsificados ou os de uso controlado comercializado sem receita...
O mais incrível é que a pilha é de um único medicamento e com a marca do Laboratório Farmacêutico do Estado de  Pernambuco S/A – LAFEPE. 
Para dirimir dúvidas o PSOL está enaminhando a denúncia ao MP.”


VALORES DA NATUREZA - RENATO PASCOAL

COM ESTE VÍDEO MOSTRAMOS UM DOS TRABALHOS QUE O POETA RENATO PASCOAL DEIXOU, VALE APENA CONFERIR, RENATO PASCOAL ERA UM HOMEM SIMPLES, COMEÇOU FAZER POESIAS JÁ COM  IDADE AVANÇADA, MAS, DEIXOU UM LEGADO INVEJÁVEL, MESMO TENDO POUCA LEITURA, A POESIA CORRIA NO SEU SANGUE.
NA POESIA "VALORES DA NATUREZA" O POETA DEFENDE O RIO SÃO FRANCISCO CONTRA OS ATAQUES DA DESTRUIÇÃO HUMANA E PREFERE MORRER ANTES DE VÊ O VELHO CHICO DESTRUIDO, VALE APENA CONHECER AS POESIAS E AS MÚSICA DO POETA. CONFIRA!

GAZZETA DO SÃO FRANCISCO

Notícias
26/05/2011 09h45

PSol denuncia acúmulo de medicamentos vencidos na 8ª Geres


O Partido Socialismo e Liberdade (PSol) em Petrolina, denunciou na manhã desta quarta-feira por meio do seu blog que caixas de medicamentos vencidos se acumulam na 8ª Gerência Regional de Saúde (Geres).
De acordo com as informações, os medicamentos como Nistatina utilizado para combater fungos, não foram distribuídos e venceram em 2010. A postagem do blog questiona por que não houve a distribuição, e se os responsáveis serão punidos.
Por telefone, uma das responsáveis pela denúncia, a técnica em patologia clínica e presidente da Associação dos Profissionais de Saúde de Petrolina, Maria Perpétua Rodrigues, que trabalha na Geres, informou que os medicamentos foram fabricados em 2008. “Ainda estão aqui, não foram incinerados. Por que os medicamentos não foram distribuídos com os municípios da regional? Queremos que quem fez isso, deixando esses medicamentos vencerem, seja responsabilizado. Tem que ter punição”, afirmou.
Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que o medicamento Nistatina não é distribuído pelas Gerências Regionais de Saúde (Geres). Por ser da rede básica de saúde, o fluxo de distribuição é de responsabilidade dos municípios, que o recebem diretamente do Governo do Estado, sem intermédio das Geres.
O lote de Nistatina, já vencido, foi encaminhado, no final do ano passado, pelas prefeituras da região à VIII Geres, com o objetivo de que a Gerência desse o destino adequado ao material. Conforme a nota, a nova gestão, empossada há 36 dias, está empenhada em resolver o problema e vai contratar, nos próximos dias, uma empresa especializada para incinerar a medicação vencida.
A Secretaria Estadual de Saúde ressalta, ainda, que todos os medicamentos distribuídos pelas Geres obedecem a critérios rigorosos que garantem a qualidade dos produtos. Sediada em Petrolina, a 8ª Geres atende ainda os municípios de Afrânio, Dormentes, Santa Maria da Boa Vista, Lagoa Grande, Orocó e Cabrobó.
[T] Fabiano Barros [F] Divulgação

PSOL de Petrolina denuncia déficit habitacional e apóia Sem Teto


 AUTONOMIA E LIBERDADE
UM BLOG COMUNISTA DO SUB-MÉDIO SÃO FRANCISCO
Do Blog do PSOL/Petrolina

O PSOL de Petrolina, denuncia que no município, ainda existem cerca de 15 mil famílias sem moradia e que os projetos em andamento, estão a passos de tartaruga e mesmo parados, motivo pelo qual várias famílias de forma voluntária estão se organizando e ocupando as terras que não cumpre com sua função social, a exemplo da ocupação Bom Jardim, bairro São Gonçalo, onde mais de mil famílias  enfrentam sol, poeira e carvão em busca da realização do sonho da casa própria. 

Muito embora o poder publico local finja que tudo esta sob controle, a morosidade na construção e na entrega das casas construídas vem causando inquietação entre os trabalhadores sem teto, principalmente entre aqueles que nem se quer foram incluídos no cadastro da Prefeitura municipal. 

O Presidente do PSOL, Rosalvo Antonio, dia 25/05/2011, visitou a ocupação e declarou apoio aos trabalhadores sem teto "Enquanto existir um único trabalhador ou uma única trabalhadora sem teto e sem terra, a sociedade vai está permeada pela injustiça social e os poderosos contaminados pelo vírus da corrupção", Rosalvo Antonio, se solidariza com a luta do povo. 

O MTST e Resistência Urbana se fazem presente na luta e acompanha as reivindicações dos trabalhadores sem teto junto aos poderes públicos, o movimento foi representado por Adalberto Alencar e por José Miguel. A APASAMP, entidade representativa dos trabalhadores de Saúde foi representada na visita pela líder sindical Maria Perpétua. Confira o vídeo..

domingo, 29 de maio de 2011

POETA RENATO PASCOAL DEIXA UMA LACUNA NA CULTURA NORDESTINA E BRASILEIRA

  O POETA RENATO PASCOAL FOI A ÓBITO, HOJE ÀS 19:00 HORAS, NO HOSPITAL MEMORIAL, ONDE ESTAVA INTERNADO A VÁRIOS DIAS. 

O BLOG DO PSOL/PETROLINA, RECONHECENDO O SER HUMANO E A IMPORTÃNCIA DO POETÁ RENATO PASCOAL E O VALOR DE SEU TRABALHO ARTISTICO, SE SOLIDARIZA COM AMIGOS E FAMILIARES E VAI PRESTAR UMA HOMENAGEM AO POETA, TRAZENDO MAIORES INFORMAÇÕES SOBRE A VIDA E ARTE DO POETA. 

O CORPO DO POETA SERÁ VELADO NO SAF, CENTRO DE PETROLINA, A PARTIR DO MEIO DIA DE AMANHÃ, SEGUNDA-FEIRA, CONFORME INFORMAÇÕES DE FAMILIARES.


TIRE SUAS CONCLUSÕES A CERCA DOS QUESTIONAMENTOS DO PSOL EM RELAÇÃO AOS MEDICAMENTOS ESTRAGADOS NA 8ª GERES

PARA BUSCAR RESPOSTAS EM RELAÇÃO AOS MEDICAMENTOS ESTRAGADOS NA 8ª GERES EM PETROLINA, O PSOL VAI ENCAMINHAR A DENÚNCIA AO MINISTÉRIO PÚBLICO.

Como observamos as explicações são divergentes onde em uma nota:
"A Secretaria Estadual de Saúde (SES) esclarece que o medicamento Nistatina não é distribuído pelas Gerências Regionais de Saúde (Geres). Por ser da rede básica de saúde, o fluxo de distribuição é de responsabilidade dos municípios, que o recebem diretamente do Governo do Estado, sem intermédio das Geres."

 E na outra nota:
"A Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) informa que os medicamentos estocados na sede da VIII Gerência Regional de Saúde (Geres), em Petrolina, são resultado de operações realizadas durante todo o ano de 2010, em conjunto com as polícias Civil e Federal. As fiscalizações foram feitas em farmácias e distribuidores de toda a região do Sertão do São Francisco e tiveram o objetivo de apreender medicamentos vencidos, falsificados ou os de uso controlado comercializado sem receita."

O mais incrível é que a pilha é de um único medicamento e com a marca do Laboratório Farmacêutico do Estado de  Pernambuco S/A - LAFEPE. 

Para derimir dúvidas o PSOL está enaminhando a denuncia ao MP."

http://blogfolha.com/?p=30642

PSOL denuncia: Pilha de medicamentos estragados na 8ª Geres, em Petrolina-PE


25 de maio, 2011
Foi enviado ao blog,  por membros do PSOL de Petrolina, matéria com fotos afirmando que, na 8ª Geres - Gerencia Regional de Saúde de Petrolina, há pilhas de caixas de remédios vencidos.
Leia, na íntegra, os questionamentos feitos pelo PSOL:
Por que os medicamentos não foram distribuídos com os municípios da Regional de Saúde?
Quem vai ser responsabilizado por isso?
A população, que paga os impostos na expectativa de assistência à saúde de qualidade com direito a medicamentos que ainda são muito caros, presencia fatos como este. É lamentável. Cabe ao órgão regional de saúde dar as explicações.
Cabe, ainda, ao Ministério Público investigar os fatos.

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http://blogfolha.com/?p=30719

Em nota, Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco responde denúncia do PSOL sobre remédios vencidos da 8ª Geres


25 de maio, 2011

Nesta manhã de quarta-feira(25), o BlogFolha publicou uma matéria- denúncia enviada pelo PSOL de Petrolina, de que havia pilhas de remédios vencidos na 8ª Geres.

Sobre o tema, a Secretaria Estadual de Saúde enviou uma nota de esclarecimento.





LEIA, NA ÍNTEGRA, A NOTA DA SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DE PERNAMBUCO:



A Secretaria Estadual de Saúde (SES) esclarece que o medicamento Nistatina não é distribuído pelas Gerências Regionais de Saúde (Geres). Por ser da rede básica de saúde, o fluxo de distribuição é de responsabilidade dos municípios, que o recebem diretamente do Governo do Estado, sem intermédio das Geres.

 O lote de Nistatina, já vencido, foi encaminhado, no final do ano passado, pelas prefeituras da região à VIII Geres, com o objetivo de que a Gerência desse o destino adequado ao material.  A nova gestão, empossada há 36 dias, está  empenhada em resolver tal problema e vai contratar, nos próximos dias, uma empresa especializada para incinerar a medicação vencida.

 A Secretaria Estadual de Saúde ressalta, ainda, que  todos os medicamentos distribuídos pelas Geres obedecem a critérios rigorosos que garantem a qualidade dos produtos.

 Secretaria Estadual de Saúde – PE

Superintendência de Comunicação


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http://blogfolha.com/?p=30921

Medicamentos depositados na VIII Geres foram apreendidos pela Apevisa


27 de maio, 2011


Segundo secretaria de Saúde de Pernambuco, medicamentos apresentados em denúncia são, na verdade, estoque de mercadoria apreendida

A Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) informa que os medicamentos estocados na sede da VIII Gerência Regional de Saúde (Geres), em Petrolina, são resultado de operações realizadas durante todo o ano de 2010, em conjunto com as polícias Civil e Federal. As fiscalizações foram feitas em farmácias e distribuidores de toda a região do Sertão do São Francisco e tiveram o objetivo de apreender medicamentos vencidos, falsificados ou os de uso controlado comercializado sem receita.

“Esses medicamentos são as provas dentro dos autos de infração sanitária e também dos processos criminais conduzidos pelas polícias Civil e Federal. Dessa forma, só poderemos incinerar os produtos, o que será feito dentro das normas sanitárias, após a conclusão e julgamento dos processos”, explica o gerente-geral da Apevisa, Jaime Brito, que ontem ao saber da repercussão do caso em Petrolina, entrou em contato com a diretora da gesres para esclarecer a origem dos medicamentos.

Na última quarta-feira, o Partido Socialismo e Liberdade (PSol) denunciou, equivocadamente, que caixas de medicamentos vencidos se acumulavam na sede da VIII Geres, ao invés de terem sido utilizados pela população.

Texto: Ascom/ Saúde PE

4ª CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE SAÚDE “TODOS USAM O SUS” Lagoa Grande, PE - 31 de maio a 01 de Junho de 2011



ROSALVO ANTONIO, VAI PROFERIR PALESTRA SOBRE "SUS" PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE E CONTROLE SOCIAL.
PROGRAMAÇÃO DA 4ª CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE LAGOA GRANDE – PE
31/05
LOCAL: Câmara de Vereadores
19:00  - Abertura oficial
            -Composição da Mesa
·  Presidente do Conselho Municipal de Saúde – Francisco Gomes de Araújo
·  Prefeita – Exmª Srª  Rosy Mary de Oliveira Garziera
·  Secretario Municipal de Saúde – Severino Ferreira dos Santos
·  Presidente da Câmara de Vereadores – Sr. Erasmo Farias
·  Representante da VIII GERES – Drª Cássia Maria Feitosa Guimarães
·  Representante da Comissão de Mobilização do Conselho Estadual de Saúde
Leitura e Aprovação do Regimento Interno da Conferência
Palestrante: Sr. Rosalvo Antonio -  “SUS” Participação da Comunidade e Controle Social”
01/06
LOCAL: Câmara de Vereadores
8 ás 9 horas – Credenciamento e Café da manhã
1ª Mesa:
9 horas -  Dr. Ítalo Ney Bezerra Paulino – Acesso e Acolhimento com Qualidade: Um Desafio para o SUS
Política de Saúde na Seguridade Social. Segundo os Princípios da Integralidade, Universalidade e Equidade.
2ª MESA:
10 horas – Drª Carmem Diana Torres Viana Cavalcanti – Gestão do SUS (Financiamento; Pacto pela Saúde e Relação Pública X Privado; Gestão do Sistema, do Trabalho e da Educação em Saúde).
11 ás 12 horas - Debates
12 ás 13 horas: Almoço
13 ás 15 horas – Trabalho em grupo
15 ás 16 horas – Apresentação das Propostas
16 ás 17 -  horas Escolha dos Delegados.
17 h - Encerramento – Lanche

sábado, 28 de maio de 2011

Aeroportos: “O governo Dilma entra na era das privatizações escancaradas”


 Escrito por Valéria Nader e Gabriel Brito, da Redação   25-Mai-2011


A privatização de bens públicos apareceu mais cedo do que se esperava no governo de Dilma Rousseff, eleita pelo PT, o partido que foi tradicionalmente um crítico contumaz da venda do patrimônio público na gestão de FHC. A novidade em relação ao governo ‘popular’ anterior de Lula é que os anúncios de venda, ao que parece, serão feitos de forma mais direta, dispensando os subterfúgios e camuflagens verbais, tão ao gosto do presidente-operário e bastante comuns no período em que presidiu o país.
 
A Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas 2016, quando o país terá de mostrar que tem condições de se organizar no nível do seu atual status global, são uma ótima justificativa para o acirramento de uma conduta que, obviamente, não é nada nova. E a grande bola da vez são os aeroportos, cuja administração e expansão vêm sendo regularmente citadas, desde o início do mandato de Dilma, como passíveis de entrega à iniciativa privada.
 
Para discutir o assunto, o Correio da Cidadania entrevistou o deputado federal do PSOL Ivan Valente, para quem o governo segue o mesmo ‘caldo de cultura’ visto na privatização de outros serviços essenciais. Valente afirma que o mercado só irá se interessar pelos aeroportos altamente movimentados e lucrativos, relegando as regiões mais distantes dos principais eixos econômicos. Descrente quanto à política de concessões e privatizações, dizendo se tratar de lobby pesado que há tempos ronda os governos, o deputado enfatiza que agora vivemos, realmente, um momento de "escancaramento das privatizações". Elas deverão marcar todo o governo Dilma, sob as pressões, evidentemente, dos grandes eventos e do clima de chantagem que os circula.
 
O deputado alerta ainda para os perigos envoltos na aceleração descontrolada de políticas que requereriam prazo muito mais longo, estratégicas para toda a organização futura do país. Nesse sentido, "A MP 521/10 - que pretende facilitar os processos licitatórios de todas as obras voltadas à Copa do Mundo e Olimpíadas - vem ao gosto das grandes empreiteiras e do grande capital monopolista". Ele não refuta a hipótese do quarto aeroporto em São Paulo, mas lembra da necessidade de maior planejamento e integração de toda a malha de transportes.
 
Correio da Cidadania: Como você analisa os planos do governo de conceder a administração e construção de novos terminais aeroportuários à iniciativa privada, inclusive às próprias companhias que já dominam o mercado?
 
Ivan Valente: Eu diria que é o escancaramento das privatizações do governo Dilma. A privatização da Infraero e dos aeroportos brasileiros, e também a submissão às pressões em atender às tais demandas dos megaeventos, são todos álibis para justificar a concessão que está se buscando, dando à iniciativa privada mais essa oportunidade. Acho que precisa sair em letras garrafais: o governo Dilma entra na era das privatizações escancaradas.
 
Já entrou na verdade, pois deu concessões em estradas federais, fez leilões de poços de petróleo, vendas de banco etc. Mas pegar um setor estratégico e privatizá-lo de forma tão descarada é algo meio novo, antes havia certo pudor, hoje já não há mais. A idéia vem para agradar a mídia e os grandes grupos financeiros, promovendo também mais um retrocesso político.
 
Correio da Cidadania: Nesse sentido, como vê a MP 521/10, que pretende facilitar os processos licitatórios de todas as obras voltadas à Copa do Mundo e Olimpíadas, abrangendo, dessa forma, toda e qualquer obra nas cidades sedes?
 
Ivan Valente: Essa Medida Provisória é atentatória à lógica da transparência do Estado. Em nome de acelerar as obras, de ter grandes condições de viabilizar os eventos, viola-se a Lei de Licitações, facilitando aditivos em contrato, aceleração de contratos sem a devida verificação... Isso tudo vem ao gosto das grandes empreiteiras e do grande capital monopolista, de forma geral. Essa lógica de burlar a própria legislação para acelerar projetos certamente levará a casos de corrupção, de malversação de fundos, encarecimento de obras...
 
Tanto que o MPF (Ministério Público Federal) mandou ao PSOL uma nota técnica. Estamos analisando a nota, mas já vimos que o MPF está prevenido com relação a essa MP, com vistas a questionar sua constitucionalidade. E o nosso partido já se posiciona contra. Até porque ela vem embutida de uma chantagem política: "se não aprovar, é responsável pelas obras não estarem prontas no começo dos eventos". Mas não aceitamos essa pressão, chantagem, e entendemos que o Estado brasileiro teria condições de: 1) não privatizar aeroportos; 2) não flexibilizar legislações.
 
Em resumo, entendemos que é uma concessão brutal do governo aos grandes interesses econômicos por trás de tudo.
 
Correio da Cidadania: Em entrevista do início do ano, Carlos Camacho, do Sindicato dos Aeronautas, afirmou não ver tanto problema em PPPs, Parcerias Público-Privadas, em si no gerenciamento de aeroportos. Camacho destaca que elas ocorrem de forma satisfatória em alguns países e poderiam vir a atender a demanda de expansão aérea do país, caso partissem de uma visão estratégica, que integrasse os pequenos aeroportos - algo do qual ele não estaria, no entanto, tão seguro. O que pensa disto?
 
Ivan Valente: Exatamente essa é a questão. Assim como na privatização da telefonia aqui no país, e agora também na discussão da expansão da banda larga, a privatização virá acompanhada de um grande apetite das empresas para tomarem conta dos aeroportos super lucrativos e de intenso movimento, mas não de toda a malha aérea e seus aeroportos. Por isso que, quando tinha a Telebrás, havia o chamado subsídio cruzado. Tínhamos alguns locais muito lucrativos, assim como empresas estaduais, tal como a Telesp, ao passo que outras regiões, como o Norte e Nordeste e no interior em geral, não eram atendidas.
 
Agora, no plano de expansão da banda larga, vemos a mesma coisa. O Estado entra com todo o sistema tronco da Eletrobrás e, em vez de criar e dar vida à estatal que idealizou, levando a banda larga até a ponta, vai entregar o filé para as empresas de telefonia. E elas farão a banda larga chegar a novos locais com preços elevados, afinal, como bem sabemos, as tarifas são caríssimas.
 
Na questão dos aeroportos será igual. Eles não têm interesse naqueles pouco lucrativos, com pouco movimento. Só estarão de olho nos aeroportos de alta taxa de ocupação. É isso que acontece quando a iniciativa privada entra. Ela visa o lucro, não visa dar respostas à estratégia e necessidade nacionais.
 
Por isso que o entrevistado de vocês não acredita muito que a prática será positiva, porque o Brasil já tem experiências negativas.
 
Correio da Cidadania: O que você pensa da Infraero, também alvo de objetivos de privatização? Acredita que possa ser privatizada?
 
Ivan Valente: Certamente. Em primeiro lugar porque há uma política geral de desgaste da Infraero, que pode ser vista através da mídia. Há de fato um grande cabide de empregos e grande interferência de militares. Porém, não se administra uma estatal ao mesmo tempo em que se fica dando sinalizações de privatizações. É certo que ela já existe na Infraero, na forma de terceirizações, quarteirizações, mas há uma pressão pela privatização, em nome daquela dita eficiência do mercado.
 
Correio da Cidadania: A construção de um novo aeroporto em São Paulo, idéia que chegou a ser cogitada para o município de Caieiras e logo depois rechaçada, parece ter voltado à baila. Camacho, acima citado, considera esta uma alternativa absolutamente irracional, em função da saturação urbana em São Paulo e arredores, inviabilizando uma obra da magnitude de um aeroporto. O que pensa disto? Acredita que vá sair do papel essa idéia?
 
Ivan Valente: Na verdade, o planejamento estratégico e viário da maior e mais urbanizada metrópole do país é um caos absoluto. Não há um trem de alta velocidade entre Viracopos e São Paulo. Não tem metrô pra Guarulhos. E falam num trem bala de 35 bilhões de reais, cuja passagem custaria 300 reais, um valor superior ao de uma passagem aérea entre Rio e São Paulo. Uma irracionalidade.
 
Dessa forma, precisa se pensar conjuntamente em malha viária (ainda mais com a lógica do automóvel que reina irracionalmente em São Paulo) e, especialmente, ferroviária.
 
Por outro lado, não tenho um quadro exato da expansão aérea. Mas se fosse feito um trem rápido de Viracopos pra São Paulo muita coisa seria facilitada. Fazer um quarto aeroporto na região metropolitana de São Paulo não é simples, precisa ver bem o local, as condições... É preciso estudar a utilização de Viracopos, que ficou muito tempo apenas como cargueiro, mesmo tendo algumas condições até melhores que Guarulhos e Congonhas, que se localiza no meio da cidade e está totalmente saturado.
 
Não basta falar em fazer mais um aeroporto. É preciso pensar na integração, no melhor aproveitamento do transporte... Não ter metrô pra Guarulhos é de uma irracionalidade a toda prova. Sobram exemplos de cidades cujos aeroportos ficam a 50 km da cidade principal e se pode chegar em 30 minutos via metrô.
 
Pra haver um quarto aeroporto, depende-se do planejamento. É evidente que a aviação brasileira cresce muito e São Paulo é o maior pólo do país. Mas tudo tem sua dificuldade. A terceira pista de Guarulhos, por exemplo, precisou desapropriar uma área onde viviam várias famílias. Além de ficar próxima à Serra da Mantiqueira, o que não é ideal...
 
Enfim, é preciso pensar estrategicamente, fazendo uma rede de integração dos transportes.
 
Correio da Cidadania: Mas diante de um cenário inexorável, representado por Copa e Olimpíadas, acentuando ainda mais o discurso de urgência de investimentos nos aeroportos, quais seriam algumas vias mais adequadas para viabilizá-los?
 
Ivan Valente: Eu sou totalmente contrário a pensar a expansão da infra-estrutura em função de eventos que acontecerão num determinado momento. Estamos falando em trens, metrôs, integração, uma estratégia de 50 anos, não para a Copa de 2014, as Olimpíadas de 2016. Pensar em função disso é a fórmula perfeita para justificar as privatizações e o abandono da transparência nas ações do Estado.
 
Por exemplo, é preciso pensar se o trem bala será realmente útil para a população. Parece até que já passou o timing de um trem bala. Ainda mais por 35 bilhões de reais... Talvez haja outras prioridades. Na grande São Paulo, onde vivem 20 milhões de pessoas, há outras possibilidades que podem equacionar melhor as necessidades de transporte, em termos de mobilidade, velocidade e tarifas.
 
A primeira de todas devia ser o metrô. São Paulo ter 60 quilômetros de metrô é indecente. Tem que ter 300. Isso é o primeiro ponto. Fora a combinação com os trens, que trazem gente da região suburbana, uma vez que a cidade já está entupida de veículos, não anda mais e os ônibus não têm dado conta. Tem que saber o que priorizar.
 
Correio da Cidadania: Mas se atendo aos aeroportos, que estratégias poderiam ser vistas como ideais, ou próximas disso?
 
Ivan Valente: Nos aeroportos, o problema é que alguns já estão saturados e certamente é preciso pensar estrategicamente em sua integração. Não tenho números exatos, mas o aeroporto de Viracopos poderia desempenhar um papel de desafogamento. Desde que haja um trem que leve a São Paulo rapidamente. Não adianta descer lá e ter de pegar a Rodovia dos Bandeirantes. O de Guarulhos tem opções de ampliação. Não sou contra pensar num novo aeroporto. Só penso que deve ser feito a partir de um plano sério de integração, com os devidos estudos de impacto ambiental.
 
Correio da Cidadania: O que você achou da recente criação da Secretaria de Aviação Civil? Pensa que ela foi idealizada para, de alguma forma, atender às necessidades do público de melhoria dos serviços nessa área?
 
Ivan Valente: Acho que não, pois é pouco transparente. Está muito ligada a essas necessidades imediatas, sob influência de todos os interesses econômicos. Isso não quer dizer que não deva haver uma Secretaria de Aviação Civil. O Brasil é enorme, continental, importante, com uma malha enorme. Mas pela forma como foi criada, sem uma discussão pública com alguma amplitude, não sei até onde pode solucionar as necessidades que vemos no setor.
 
Além disso, aqui no Brasil temos o problema da militarização das ações aéreas. Todo o controle aéreo do país ainda está nas mãos da aeronáutica. Dessa forma, precisamos saber até que ponto a Secretaria oferece real autonomia e condições de integrar nacionalmente as ações do setor aéreo.
 
Correio da Cidadania: Daria pra suspeitar, portanto, que sua criação veio casada com esses interesses mencionados, de acelerar e facilitar os processos de privatização e concessões?
 
Ivan Valente: Vem em cima dessa demanda, porque poderia ter sido criada há muito mais tempo. Portanto, vem, sim, influenciada pela demanda de privatizações.
 
Correio da Cidadania: O que vem pela frente a seu ver, a partir dos fatores que já estão sendo insinuados pela realidade de nossa conjuntura política e econômica?
 
Ivan Valente: Espero que não se repita o que aconteceu nos jogos Pan-americanos, quando o custo final do evento foi várias vezes superior ao previsto. É bem provável que tenhamos conseqüências desastrosas, pois, ao se passarem tantas prerrogativas à iniciativa privada, é evidente que o Estado abre mão de um planejamento estratégico maior.
 
Em segundo lugar, mesmo sendo um setor estratégico, o mercado trabalha com a lógica do lucro imediato, do retorno, redução de custos... Em minha opinião, é prejuízo para o povo brasileiro.
 
Correio da Cidadania: Até porque muitas obras poderão não ser mais do que provisórias, conduzidas a toque de caixa.
 
Ivan Valente: Certamente. Vi no jornal que a expansão de Cumbica se daria em cima dos galpões da Vasp e da Transbrasil. Quer dizer, não há exatamente um plano. Além disso, tem a questão dos recursos, em cima de um país carente de infra-estrutura. Paga-se 48% do orçamento em juros, amortizações e rolagem da dívida, e ficam sempre dizendo que é preciso abrir as pernas pra iniciativa privada, pois o Estado não tem dinheiro. Esse é o jogo armado em nosso país.
 
Valéria Nader, economista, é editora do Correio da Cidadania; Gabriel Brito é jornalista.