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Indústria da seca
Os organizadores do protesto afirmaram que a decisão do governo é um retrocesso, pois pode significar a volta da “indústria da seca” que, por séculos, escravizou o povo do semiárido ao bel prazer dos políticos.
Cisternas plásticas
Ao mesmo tempo em que o governo rompe o convênio com a ASA , sob o argumento de que prefeituras e governos estaduais coordenem as verbas, ampliou a relação que críticos chamam de “lobby empresarial” com empresas privadas, efetivando a compra de cisternas plásticas. O Ministro da Integração Nacional é acusado de vender essa idéia de Cisterna de plástico que segundo os organizadores do movimento alem de beneficiar interesses econômicos polui o meio ambiente.
O Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) deixou de repassar R$ 80 milhões para a construção de cisternas no semiárido nordestino
De acordo com o Diário Oficial da União, o MDS recebeu, em outubro, R$ 80 milhões para a construção das cisternas. O dinheiro deveria ser liberado até 30 de novembro, para as instituições que trabalham com a viabilização do convívio com o semiárido. Mas o dinheiro não chegou às famílias. Não há registro das despesas no Portal da Transparência, alimentado pela Controladoria-Geral da União (CGU).
A ASA confirma não ter recebido os recursos e diz ter sido informada pelo MDS de que os repasses seriam feitos diretamente aos estados e municípios.E o mais grave: apenas R$ 1 milhão dos R$ 205,6 milhões liberados para cinco ações do plano — 0,5% do total — foram efetivamente gastos até agora.
A Articulação do Semi-Árido (ASA) acredita que a negociação com estados e municípios prejudicará o processo. É certo que a velha politicagem deverá ser ordem se a verba se concentrar nas mãos desses políticos.
Para as duas ações relacionadas à oferta de água no semiárido — “acesso à água para produção de alimentos para o autoconsumo” e “construção de cisternas para armazenamento de água” —, não há qualquer registro de repasses a estados e municípios posteriores à recomendação do Consea, conforme os dados do Portal da Transparência.
Na praça Dom Malan em Petrolina o movimento recebeu mais apoio, desta feita de Dom Paulo Cardoso, que representou a Igreja Católica no lugar de Dom Manoel que se encontra em viágem. Frei Paulo leu uma Carta de apoio e lembrou a luta de Dom Cappio, contra a transposição do Rio São Francisco.
O Militante da Pastoral da Terra e cantor Popular Gogó animou o ato publico com seus cantos em defesa da água.
O ponto considerado fraco por muitos presentes, analisado como contraditório, foi a fala do representante do Governo Estadual-PE que aproveitou o momento para divulgar os seus aliados estaduais e federais sem apresentar uma resposta oficial..
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