domingo, 27 de novembro de 2011

Início da campanha ‘16 Dias de Ativismo’ marca Dia Internacional de combate à violência contra mulher


Início da campanha ‘16 Dias de Ativismo’ marca Dia Internacional de combate à violência contra mulher
Camila Queiroz
Jornalista da ADITAL
Adital
O dia 25 de novembro já está consolidado como Dia Internacional da Eliminação da Violência contra a Mulher. A data marca ainda o início dos 16 Dias de ativismo contra a violência de gênero, que culminam em 10 de dezembro, no Dia Internacional dos Direitos Humanos. Para fortalecer a mobilização, a Organização das Nações Unidas (ONU) Mulheres lançou agenda política e pronunciamentos em que conclama todos e todas a participarem.
Em mensagem, a diretora executiva da ONU Mulheres, Michelle Bachelet, destacou que muito já se conquistou na arena dos direitos das mulheres, porém, ainda há um longo caminho a percorrer. "Na atualidade, 125 países contam com leis específicas que penalizam a violência doméstica, algo inimaginável há 20 anos. O Conselho de Segurança reconheceu a violência sexual como tática de guerra deliberada e planificada.”, comemora.
No âmbito do que precisa ser feito, a lista é longa e os problemas causam graves consequências: são 603 milhões de mulheres e crianças em países onde a violência doméstica ainda não é considerada um crime; seis em cada dez mulheres já sofreu violência física ou sexual; mais de 60 milhões de meninas são obrigadas a casar-se; 140 milhões de meninas e mulheres sofrem mutilação; e mais de 600 mil mulheres e meninas são traficadas, a maioria para ser explorada sexualmente.
Diante disso, a "agenda política de 16 passos” da ONU se apoia em três bases - a prevenção, a proteção e o oferecimento de serviços. Entre os pontos pelos quais os líderes mundiais devem se mobilizar estão ratificar os tratados internacionais e regionais; adotar e cumprir as leis; criar planos nacionais e locais de ação; tornar a justiça acessível; acabar com a impunidade em casos de violência sexual nos conflitos; garantir o acesso universal a serviços essenciais, e outros.
Também em pronunciamento, o secretário-geral da ONU, Ban ki-moon, destacou que "o direito das mulheres e das meninas a viver sem sofrer violência é inalienável e fundamental”. O líder afirmou a importância de os Estados se aliarem às iniciativas da juventude na busca por garantia de direitos e promoção de um mundo "mais justo, pacífico e equitativo”. El derecho de las mujeres y las niñas a vivir sin sufrir violencia es inalienable y fundamental. / mundo más justo, pacífico y equitativo.
Para que ninguém fique sem participar da mobilização, a ONU aponta 16 possibilidades de atuar – informar aos amigos sobre os 16 Dias de Ativismo, criar uma ação (desde exibir um filme sobre a violência contra as mulheres, a organizar oficinas, petições, marchas), participar das discussões nas redes sociais, opinar sobre a problemática e fazer uma doação ao Fundo Fiduciário da ONU são algumas das opções.
O órgão comemora ainda o aniversário de 15 anos do Fundo Fiduciário das Nações Unidas para acabar com a violência contra as mulheres. Segundo informou, desde o início da atuação, o Fundo já outorgou mais de 78 milhões de dólares para 339 iniciativas em 127 países e territórios.

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