quinta-feira, 26 de maio de 2011

REFORMA URBANA É UM DIREITO HUMANO


Rosalvo Antônio revela ser favorável as invasões de terrenos em Petrolina


Da redação


A invasão das casas construídas através do programa habitacional que atenderá famílias do bairro Jardim Petrópolis, levantou questionamentos a respeito do déficit habitacional de Petrolina. De acordo com dados levantados pelo diretório municipal do Partido Socialismo e Liberdade (Psol), estima-se que cerca de 15 mil famílias não possuem moradia própria. O representante do Psol, Rosalvo Antônio denunciou a situação ao Nossa Voz na manhã de hoje. Rosalvo_Antonio“É um número alarmente. As obras que estão hoje em andamento estão praticamente paradas, muito lentas, como é o caso de Henrique Leite. Está prevista a construção de 500 casas, foram construídas 150, a obra está parada e ainda assim, as que foram construídas são de má qualidade”.

Ao constatar a situação, Rosalvo explica que encaminhou a denuncia aos órgãos competentes e aguarda providências. “Isso a gente já denunciou no Ministério Público, no Ministério das Cidades e estamos cobrando providências”. O socialista também atribui o agravamento do problema a burocracia existente no processo. “Nós temos o caso do Cacheado. Há mais de 10 anos as pessoas estão lá no sol, na chuva, enfrentado todo o tipo de dificuldade e infelizmente, apesar do município dizer que tem recursos assegurados na Caixa Econômica, as obras não começam. Então você vê que há uma lentidão muito grande”.

Rosalvo Antônio revela ser a favor dos movimentos de invasão de terrenos como forma pressão e cobrança por providências. Seria obrigação do poder publico resolver o problema da sociedade. “Quando o poder público se torna incompetente a população tem que encontrar formas de pressionar as autoridades a resolver os problemas. A ocupação de terras devolutas é, para quem não tem habitação, é uma coisa necessária já que a exclusão é gritante. Isso vai fazer com que as autoridades tomem de fato as providências”.

Ele relaciona algumas mobilizações que trouxeram consequências positivas pás as famílias sem teto. “Existe a ocupação do São Gonçalo, onde aproximadamente duas mil famílias estão reivindicando do poder publico providências. Isso não quer dizer que eles estão querendo ficar fixados naquelas terras, mas não deixa de ser uma forma de pressionar o poder publico a incluí-los nos programas habitacionais e tomar as providências . Essa ocupação das casas não deixou de ser uma pressão para que já começasse a entregar as casas  que foram construídas e não tinham definidas nem sequer datas para a entrega dessas habitções. A partir dessa ocupação, o poder publico já anunciou dia 21 para entrega de casas as pessoas que já estão inscritas, contempladas com essas casas”.

Rosalvo ainda chama a atenção para demora entre o término das obras e entrega das residências nos programas habitacionais. “Infelizmente há uma insensibilidade muito grande. Se construiu a casa, entrega porque as pessoas estão debaixo de lonas, enfrentando dificuldades. Não é justo que você fique guardando casas para depois fazer um festival de entrega apenas com a finalidade de fazer marketing político”.

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Atendimento do IMIP-Petrolina às gestantes vem causando mortes, diz líder associativista


Da redação

perpetua-imipA presidente da Associação dos Profissionais de Saúde do Município, Maria Perpétua Rodrigues, alega que o Hospital Dom Malan/IMIP Hospitalar está oferecendo um “péssimo” atendimento às gestantes da região, que chega a provocar danos físicos e até mortes entre mães e recém-nascidos.

“Temos 5 casos confirmados de óbito e lesões a pacientes em menos de 2 meses. Mulheres que chegam em trabalho de parto e em vez de serem acolhidas, são enviadas para casa uma, duas, três vezes. Quando ela já está passando realmente mal, são atendidas às pressas, mantidas em cadeiras, o parto é forçado e ocorrem as mortes. Uma companheira de trabalho teve dois casos na família de deslocamento de ombro e óbito”, contou Perpétua.

Segundo a líder associativista, o fato de o IMIP ser uma Organização Social caracteriza em uma privatização indireta da gestão do Hospital. “Com isso, eles se preocupam mais com quantidade de partos do que com qualidade e assim, o direito à vida está sendo negligenciado. A necessidade de um bom atendimento, acompanhamento e realização de um parto humanizado, todas essas exigências da Lei estão sendo negligenciadas”, apontou Perpétua.

Ainda de acordo com ela, os profissionais de saúde do Hospital sentem-se perseguidos. “Numa assembleia realizada ontem, ouvimos relatos dramáticos de funcionários que tomam medicação controlada para conseguir trabalhar diante de tantos procedimentos e atitudes erradas vividas dentro do IMIP e sobre as quais não podem falar, por medo de retaliação”, contou.

Mesmo com a comprovação de 5 casos, Maria Perpétua convoca as famílias que já tiveram problemas no IMIP para procurarem a Associação e por ela própria, que trabalha no período da manhã na 8ª Geres, para relatarem seus problemas. “Não vamos recuperar vidas, mas vamos evitar que essas situações aconteçam novamente”, disse. Além disso, ela revela que há relatos de estagiários de medicina e enfermagem designados para fazer exames de toque a cada retorno da paciente ao Hospital. “Como são apenas relatos, vamos encaminhar denúncia para Ministério Público de Pernambuco e também ao Ministério da Saúde, para que venham avaliar”, disse.

Às mães que não têm plano de saúde e devem ser atendidas pelo Hospital em breve, Perpétua recomenda que elas exijam um documento assegurando a saúde dela e da criança caso sejam encaminhadas de volta para casa.
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