VEJA DOCUMENTO CONCLUSIVO DA SEMANA SOCIAL DAS PARÓQUIAS
http://psolpetrolinape.blogspot.com/2011/04/pastoral-popular-urbana-apresenta.html
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UM CAIXÃO REPRESENTA A REVOLTA DA COMUNIDADE
A Pastoral Pupular Urbana da Diocese de Petrolina, representada por Pe. Luiz Ângelo, apresentou um Relatório que traz atona a situação sócio-política de Petrolina, em Audiência Pública na Câmara de Vereadores, onde contou inclusive com a Presença de Dom Frei Paulo Cardoso, Bispo de Petrolina e de representantes dos Poderes Executivo e Legislativo e muita gente na Plateia.
A comunidade do bairro Pedro Raimundo compareceu e Expôs um caixão no interior da Câmara de Vereadores, denunciando a situação de abandono no bairro, cartazes reivindicando melhorias para a comunidade foram expostos. No vídeo acima, veja cobertura da TV PSOL.
Qual o objetivo geral da Pastoral Social?
A Pastoral Social integra, junto com outros setores, a dimensão sócio-transformadora da ação evangelizadora da Igreja no Brasil. A partir da expressão acima, entende-se que o Objetivo Geral dessa dimensão seja “contribuir, à luz da Palavra de Deus e da Diretrizes Gerais da CNBB, para a transformação dos corações e das estruturas da sociedade em que vivemos, em vista da construção de uma nova sociedade, o Reino de Deus”. A Pastoral Social, por sua vez, tem como objetivo desenvolver atividades concretas que viabilizem essa transformação em situações específicas, tais como o mundo do trabalho, a realidade das ruas, o campo da mobilidade humana, os presídios, as situações de marginalização da mulher, dos trabalhadores rurais, dos pescadores, e assim por diante. Neste sentido, a Pastoral social procura integrar em suas atividades a fé e o compromisso social, a oração e a ação, a religião e a prática do dia a dia, a ética e a política. Aqui é preciso superar as dicotomias entre “os que só rezam” e “os que só lutam”, “os que louvam e celebram” e “os que fazem política”. Na verdade, a verdadeira fé desdobra-se naturalmente em compromisso diante dos pobres. A ação social é condição indispensável da vivência cristã.
O compromisso sócio-políttico não é um apêndice da fé. Ao contrário, faz parte inerente de suas exigências. A fé cristã tem, necessariamente, uma dimensão social. Não é isso o que nos ensina o episódio do Bom Samaritano? Ou seja, entrar ou não entrar na vida eterna é uma alternativa que está condicionada à atitude frente ao irmão caído e ferido na beira da estrada. Tal condição se torna ainda mais clara no texto do Juízo Final: “Vinde benditos de meu Pai, porque estava com fome e me deste de comer...”.
http://www.pastoralsocialstaluzia.com.br/arquivos.htm
Convém precisar, de início, distinguir o sentido das seguintes expressões que iremos utilizar daqui para a frente: Pastoral Social, Pastorais Sociais e Setor Pastoral Social. Embora correlatas, elas têm significados distintos.
Entendemos por Pastoral Social , no singular, a solicitude de toda a Igreja para com as questões sociais. Trata-se de uma sensibilidade que deve estar presente em cada diocese, paróquia comunidade; em cada dimensão, setor e pastoral; na catequese, na liturgia e nas iniciativas ecumênicas; enfim, deve estar presente nas comunidades eclesiais de base, nos movimentos... Em outras palavras, deve ser preocupação inerente a toda ação evangelizadora.
Pastorais Sociais , no plural, são serviços específicos a categorias de pessoas e/ou situações também específicas da realidade social. Constituem ações voltadas concretamente para os diferentes grupos ou diferentes facetas da exclusão social, tais como, por exemplo, a realidade do campo, da rua, do mundo do trabalho, da mobilidade humana, e assim por diante.
O Setor Pastoral Social , por sua vez, integrado na dimensão sócio-transformadora, linha 6 da CNBB, tem duplo caráter: por um lado, representa uma referência para toda a ação social da Igreja, em termos de assessoria, elaboração de subsídios e reflexão teórica. Por outro lado, é um espaço de articulação das Pastorais Sociais e Organismos que desenvolvem ações específicas no campo sócio-político.
Dentro da dimensão sócio-transformadora, é função da Pastoral Social procurar respostas para esse tipo de situação. Isto significa que as respostas não estão prontas. Não há receitas acabadas. Em cada momento e em cada local, é preciso iniciar um processo em que o maior número de pessoas se envolvam na busca de soluções concretas. A partir da conscientização, da organização e da mobilização, abrem-se caminhos alternativos. O importante é chamar a atenção da Igreja e da sociedade para esse quadro de injustiças cada vez mais grave. Importante também envolver o maior número de atores sociais e de parceiros na luta pela transformação social.
A Pastoral Social tem como finalidade concretizar em ações sociais e específicas a solicitude da Igreja diante de situações reais de marginalização.
Os textos bíblicos destacam em suas páginas alguns rostos que têm a predileção do amor de Deus. No Antigo Testamento sobressaem “o órfão, a viúva e o estrangeiro”. No livro do Êxodo, Deus “vê, ouve e sente” o clamor dos oprimidos escravizados no Egito (Ex 3,7-10). Os profetas não se cansam de chamar a atenção sobre o direito e a justiça para com os pobres.
A Pastoral Social é essa solicitude da Igreja voltada especialmente para a condição socioeconômica da população. Hoje como ontem, ela se preocupa com as questões relacionadas à saúde, à habitação, ao trabalho, à educação, enfim, às condições reais da existência, à qualidade de vida. “Eu vim para que todos tenham vida e tenham em abundância” (Jo 8, 10).
A dimensão sociotransformadora da ação da Igreja é constituída de quatro aspectos complementares e indissociáveis: sensibilidade para com os fracos e indefesos, solidariedade em frente a determinadas emergências, profetismo no combate à injustiça e espiritualidade libertadora. Diante destes aspectos, a Pastoral Social traduz tais palavras em tarefas específicas ante os campos de trabalho precisos de cada pastoral.
A sensibilidade se traduz num coração aberto a todo tipo de sofrimento, seja a cruz individual de cada pessoa humana, seja a cruz coletiva de grupos, setores e categorias inteiras condenadas à exclusão social.
A solidariedade concretiza-se na mão estendida às situações de emergência, de carência, de extrema pobreza, de fome. Não basta ser sensíveis. É preciso descruzar os braços, arregaçar as mangas e passar à ação.
O profetismo é a postura crítica diante de um sistema sócio-político-econômico que, por um lado, concentra poder, saber e riqueza e, por outro, condena à exclusão social amplos setores da população. Não basta a sensibilidade, não basta a solidariedade! É preciso questionar a fundo as raízes, as causas da pobrezas, das desigualdades e injustiças.
A espiritualidade libertadora é fonte e sustento da caminhada. Por meio dessa mística, nos deixamos interpelar, simultaneamente, pelo clamor dos oprimidos, quem do chão, e pelo chamado de Deus que, em nosso íntimo, convida a uma ação libertadora no sentido de participar na construção de um mundo novo.
http://www.pastoralsocialstaluzia.com.br/arquivos.htm
O que é a Pastoral Social?
Entendemos por Pastoral Social , no singular, a solicitude de toda a Igreja para com as questões sociais. Trata-se de uma sensibilidade que deve estar presente em cada diocese, paróquia comunidade; em cada dimensão, setor e pastoral; na catequese, na liturgia e nas iniciativas ecumênicas; enfim, deve estar presente nas comunidades eclesiais de base, nos movimentos... Em outras palavras, deve ser preocupação inerente a toda ação evangelizadora.
Pastorais Sociais , no plural, são serviços específicos a categorias de pessoas e/ou situações também específicas da realidade social. Constituem ações voltadas concretamente para os diferentes grupos ou diferentes facetas da exclusão social, tais como, por exemplo, a realidade do campo, da rua, do mundo do trabalho, da mobilidade humana, e assim por diante.
O Setor Pastoral Social , por sua vez, integrado na dimensão sócio-transformadora, linha 6 da CNBB, tem duplo caráter: por um lado, representa uma referência para toda a ação social da Igreja, em termos de assessoria, elaboração de subsídios e reflexão teórica. Por outro lado, é um espaço de articulação das Pastorais Sociais e Organismos que desenvolvem ações específicas no campo sócio-político.
Dentro da dimensão sócio-transformadora, é função da Pastoral Social procurar respostas para esse tipo de situação. Isto significa que as respostas não estão prontas. Não há receitas acabadas. Em cada momento e em cada local, é preciso iniciar um processo em que o maior número de pessoas se envolvam na busca de soluções concretas. A partir da conscientização, da organização e da mobilização, abrem-se caminhos alternativos. O importante é chamar a atenção da Igreja e da sociedade para esse quadro de injustiças cada vez mais grave. Importante também envolver o maior número de atores sociais e de parceiros na luta pela transformação social.
A Pastoral Social tem como finalidade concretizar em ações sociais e específicas a solicitude da Igreja diante de situações reais de marginalização.
Os textos bíblicos destacam em suas páginas alguns rostos que têm a predileção do amor de Deus. No Antigo Testamento sobressaem “o órfão, a viúva e o estrangeiro”. No livro do Êxodo, Deus “vê, ouve e sente” o clamor dos oprimidos escravizados no Egito (Ex 3,7-10). Os profetas não se cansam de chamar a atenção sobre o direito e a justiça para com os pobres.
A Pastoral Social é essa solicitude da Igreja voltada especialmente para a condição socioeconômica da população. Hoje como ontem, ela se preocupa com as questões relacionadas à saúde, à habitação, ao trabalho, à educação, enfim, às condições reais da existência, à qualidade de vida. “Eu vim para que todos tenham vida e tenham em abundância” (Jo 8, 10).
A dimensão sociotransformadora da ação da Igreja é constituída de quatro aspectos complementares e indissociáveis: sensibilidade para com os fracos e indefesos, solidariedade em frente a determinadas emergências, profetismo no combate à injustiça e espiritualidade libertadora. Diante destes aspectos, a Pastoral Social traduz tais palavras em tarefas específicas ante os campos de trabalho precisos de cada pastoral.
A sensibilidade se traduz num coração aberto a todo tipo de sofrimento, seja a cruz individual de cada pessoa humana, seja a cruz coletiva de grupos, setores e categorias inteiras condenadas à exclusão social.
A solidariedade concretiza-se na mão estendida às situações de emergência, de carência, de extrema pobreza, de fome. Não basta ser sensíveis. É preciso descruzar os braços, arregaçar as mangas e passar à ação.
O profetismo é a postura crítica diante de um sistema sócio-político-econômico que, por um lado, concentra poder, saber e riqueza e, por outro, condena à exclusão social amplos setores da população. Não basta a sensibilidade, não basta a solidariedade! É preciso questionar a fundo as raízes, as causas da pobrezas, das desigualdades e injustiças.
A espiritualidade libertadora é fonte e sustento da caminhada. Por meio dessa mística, nos deixamos interpelar, simultaneamente, pelo clamor dos oprimidos, quem do chão, e pelo chamado de Deus que, em nosso íntimo, convida a uma ação libertadora no sentido de participar na construção de um mundo novo.
Fonte: Cartilha de Pastoral Social - CNBB
DOCUMENTO
Pastoral Social – Diocese de Petrolina
I Semana Social da Diocese
CONCLUSOES DA SEMANA SOCIAL NAS PAROQUIAS
A Pastoral Social da Diocese de Petrolina promoveu uma Semana Social em cada Paróquia da Diocese. Em Petrolina envolveu mais de 30 bairros e alguns Projetos de Irrigação.
Esta Semana aconteceu nos dias 30 de maio até 06 de junho do ano 2010 e teve como lema: “Vida em Primeiro Lugar”. A partir deste lema se trabalharam prioritariamente três questões sociais: A Saúde Pública, a Violência e o Meio Ambiente.
O objetivo da Semana foi envolver as Paróquias dos municípios no compromisso maior com a vida e a dignidade humana, a partir da fé em Jesus que nos diz: “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância”.
Para conhecer melhor a realidade dos bairros se realizaram várias pesquisas em torno da situação da saúde pública, da segurança e do meio ambiente.
A partir das pesquisas realizadas e dos debates que aconteceram nas paróquias se chegou ao seguinte diagnóstico:
SAÚDE PUBLICA:
Identificou-se que na saúde a parte mais grave está na situação em que se encontram os Postos.
Postos de Saúde:
A maioria dos bairros destacou as péssimas condições em que se encontram os Postos: Atendimento péssimo, falta de medicamentos (especialmente para hipertensos), condições de trabalho muito ruins (falta segurança, faltam meios e instrumentos para a realização dos atendimentos).
Faltam médicos para os postos, isto complica muito a situação: as fichas de atendimentos são pouquíssimas levando muitas pessoas a dormirem nas unidades de saúde, quando não, chegam às quatro horas da madrugada, ou a se submetem ao pagamento a terceiros para pegar a sua ficha.
A quota de exames e de médicos especialistas é muito baixa; segundo foi colocado, uma das menores nos últimos anos.
Foi questionado o fato de que os postos não tenham um mínimo de atendimento de urgência ou plantão para situações que necessitam de atendimento imediato.
Reclamou-se inclusive da infra-estrutura de alguns postos como: São Gonçalo, Loteamento Recife e Henrique Leite. Lamentou-se o fechamento dos Postos localizados na Areia Branca, Vila Marcela e José e Maria.
Focos de Infecção:
Na cidade foram encontrados vários focos de infecção provenientes da situação em que se encontra a rede de Saneamento Básico: Esgotos e canais obstruídos e com muitas bocas de lobo estouradas, muito lixo e a ainda esgotos a céu aberto em alguns bairros.
Um dos focos de infecção vem da grande quantidade de terrenos baldios que acumulam lixos e proliferam ratos, baratas, mosquitos e outros insetos.
Transformaram-se também em focos de infecção os canais como os dos bairros São Gonçalo, Rio Corrente, Quati, Cacheado, Pedro Raimundo e Vale do Grande Rio, que se encontram abandonados (cercado por matagal, funcionando como depósito de lixo e sem manutenção e limpeza pública).
Ainda relacionado à Saúde detectou-se algumas doenças freqüentes nos bairros: Hipertensão, dengue, gripes, diarréia, depressão, doenças de pele e diabetes. Ligado às doenças destacou-se o problema do alcoolismo (presente numa porcentagem elevadíssima das famílias) e a dependência química (drogas).
Outros problemas expostos por alguns bairros: falta de água; água não tratada (Projetos de Irrigação); problemas respiratórios devido à queima de lixo.
VIOLÊNCIA:
Foram pesquisados e debatidos vários tipos de violência em nosso município.
A Violência Urbana:
Esta violência vem se alastrando em alguns bairros por causa das drogas e do alcoolismo, mesmo assim foi constatada alguma melhoria devido ao policiamento nos bairros.
Em quase todos os bairros foi percebido que a falta de iluminação, a quantidade de matagal e de buracos favorecem a violência. De fato é nesses áreas que se constatam mais assaltos e perigos para a população.
Também existe maior risco de assaltos nas casas ou nas lojas nas quais não moram ninguém.
Violência Doméstica:
Foi apontada pelas diferentes Paróquias que existe um aumento crescente da violência doméstica, com brigas e espancamentos constantes. Esta violência é favorecida pelo álcool, pela droga e pelos ciúmes.
Alguma paróquia relacionou a violência à droga, à desestruturação familiar, ao stress, e a má educação.
Violência no Trânsito:
Esta violência está aumentando cada vez mais. Afeta a todos os veículos, mas preocupa especialmente a violência envolvendo motociclistas (como causadores e como vítimas).
Dois pontos foram destacados como causa desta violência: O desrespeito que se dá às pessoas a as leis de trânsito (tanto pelos motoristas como pelos pedestres), e a falta de sinalização em vários pontos da cidade, a exemplo do cruzamento na EMAAF e na descida do viaduto que liga Juazeiro ao centro de Petrolina e definição de ruas prioritárias na periferia.
Aparecem também algumas outras questões ligadas à violência: A omissão de denuncias, a falta de confiança na policia, os problemas de transporte público e a violência dos jovens por causa do desemprego.
MEIO AMBIENTE:
Além das pesquisas realizadas sobre este tema, houve nas paróquias algumas apresentações coreográficas e palestras que ajudaram a aprofundar sobre os problemas ligados ao Meio Ambiente.
A preocupação principal neste ponto é a quantidade de terrenos baldios, tanto públicos como privados, que representam um grande risco ambiental. Estes terrenos estão virando um verdadeiro depósito de lixo e de entulhos. Os galhos de podas são depositados também lá. Por causa do lixo nestes terrenos se concentram mosquitos, ratos e baratas; igualmente viram lugar de consumo de drogas.
É também um problema para o meio ambiente, segundo foi colocado por vários bairros, a queima de lixo que acontece nas casas e nas ruas.
É preocupante ambientalmente o grande desperdício de água que existe, umas vezes por descaso da Compesa: canos fracos que estouram continuamente e que a empresa demora em concertar, mesmos sendo avisada; e outras vezes pela falta de educação da população que desperdiça muita água (falta consciência para um consumo mais racional da água).
Como foi colocado no tema da saúde, na área do meio ambiente, também é preocupante a situação em que se encontram alguns canais da cidade.
Por último foram recolhidos problemas específicos de alguns bairros: o uso exagerado de agrotóxicos (projetos de irrigação), a falta de árvores, a quantidade de animais soltos, a poluição sonora produzida por bares e casas particulares com som muito alto (vários bairros apontaram este problema), a irresponsabilidade do povo na coleta de lixo...
PROPOSTAS DA SEMANA SOCIAL NAS PARÓQUIAS
Desde a Semana Social que aconteceu nas Paróquias e das pesquisas realizadas, foram colocadas as seguintes propostas:
NA SAÚDE PÚBLICA:
ü A atividade prioritária proposta foi a cobrança às autoridades de uma solução para o descaso dos Postos de Saúde:
§ Que se aumente o número de profissionais em cada bairro.
§ Que sejam fornecidos mais meios e materiais que os postos estão precisando (seja feito um levantamento do que precisam).
§ Que sejam treinados profissionais para realizar um melhor
atendimento.
§ As quotas de atendimentos (fichas) devem ser aumentadas, também as quotas para exames e médicos especialistas.
§ Ter um plantão para urgência em cada posto de saúde.
§ Que sejam abertos os Postos fechados: Vila Marcela, Areia Branca e José e Maria. Não se aceita que sejam fechados os postos sob o pretexto de melhorar os outros postos; não está certo! Pelo contrário, seria preciso abrir novos postos em áreas ainda não atendidas.
Além dos Postos houve outras propostas na área da saúde:
ü Fazer tratamento de água nos Projetos de Irrigação. Água sem tratamento é um grave risco para a saúde.
ü Fazer programas de conscientização a população a respeito da saúde e da prevenção, pelo poder público. O povo deve também mudar o tipo de alimentação e de vida sedentária.
ü Fazer saneamento básico onde ainda não tem, melhorar seu funcionamento onde já tem e limpar as bocas de lobos entupidas.
ü Fazer casas de recuperação para dependentes químicos (tipo Fazenda da Esperança).
Como instrumento de acompanhamento a saúde nos bairros, foi proposta a criação dos conselhos locais de saúde.
NO MEIO AMBIENTE:
Neste ponto foram feitas cinco propostas:
ü Maior fiscalização (esta foi a proposta mais destacada). A maior fiscalização se refere a três questões concretas: respeito quanto aos terrenos baldios, públicos e privados; respeito quanto à poluição sonora que precisa critérios mais rigorosos nas licenças e um controle maior; e quanto ao uso dos agrotóxicos.
ü Limpeza, cobertura e maior cuidado dos canais que estão na paróquia São Gonçalo (bairro São Gonçalo e Rio Corrente) e na paróquia de São Francisco de Assis (bairros Caheado, Vale do Grande Rio, Pedro Raimundo e Quati).
ü Que seja fornecido pelo poder público maior informação sobre o destino que deve dar-se as pilhas usadas, aos objetos eletrônicos de descarte, aos entulhos e aos galhos de poda.
ü Que se faça uma campanha de conscientização sobre o consumo racional da água.
ü Fazer um trabalho educativo com a população para se produza uma verdadeira mudança de hábitos (Queima de lixo, uso excessivo de sacolas, desperdiço de água, destino do lixo...)
NA VIOLÊNCIA:
Na questão de violência foram colocadas várias propostas em relação especialmente com a prevenção.
ü Prevenção através da educação: é necessário fazer uma educação para uma cultura de paz tanto nas famílias como nas escolas. Também foi colocada a proposta de ter palestras de conscientização a respeito do álcool e da droga como elementos que incentivam a violência.
ü Prevenção a respeito de algumas condições que favorecem a violência nos bairros como: a falta de iluminação pública, as ruas esburacadas e a falta de sinalização. Cobrar providências ao poder Público.
ü Prevenir a violência criando espaços de lazer nos bairros, especialmente para jovens (quadras de esporte, judô, teatro...) fornecendo profissionais capacitados (treinadores).
ü Prevenção da violência no trânsito através do controle e fiscalização tanto para os motoristas como para os pedestres, para que sejam respeitadas as leis de trânsito.
Em algumas das pesquisas foram ainda apontadas outras propostas: controle das licenças para bares, mudança de nossas atitudes agressivas e violentas, qualificação moral e estrutural da polícia e denunciar situações de maus tratos nas famílias.
DOCUMENTO
Pastoral Social – Diocese de Petrolina
I Semana Social da Diocese
CONCLUSOES DA SEMANA SOCIAL NAS PAROQUIAS
A Pastoral Social da Diocese de Petrolina promoveu uma Semana Social em cada Paróquia do município de Petrolina, envolvendo mais de 30 bairros e alguns Projetos de Irrigação.
Esta Semana aconteceu nos dias 30 de maio até 06 de junho do ano 2010 e teve como lema: “Vida em Primeiro Lugar”. A partir deste lema se trabalharam prioritariamente três questões sociais: A Saúde, a Violência e o Meio Ambiente.
O objetivo da Semana foi envolver as Paróquias dos municípios no compromisso maior com a vida e a dignidade humana, a partir da fé em Jesus que nos diz: “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância”.
Para conhecer melhor a realidade dos bairros se realizaram várias pesquisas em torno da situação da saúde, da segurança e do meio ambiente.
A partir das pesquisas realizadas e dos debates que aconteceram nas paróquias se chegou ao seguinte diagnóstico:
A SAÚDE:
Identificou-se que na saúde a parte mais grave está na situação em que se encontram os Postos.
Postos de Saúde:
A maioria dos bairros destacou as péssimas condições em que se encontram os Postos: Atendimento péssimo, falta de medicamentos (especialmente para hipertensos), condições de trabalho muito ruins (falta segurança, faltam meios e instrumentos para a realização dos atendimentos).
Faltam médicos, isso complica muito a situação: as fichas de atendimentos são pouquíssimas levando muitas pessoas a dormirem nas unidades de saúde, quando não, chegam às quatro horas da madrugada, ou a submeter-se ao pagamento a terceiros para pegar a sua ficha.
A quota de exames e de médicos especialistas é muito baixa; segundo foi colocado uma das menores nos últimos anos.
Foi questionado o fato de que os postos não tenham um mínimo de atendimento de urgência ou plantão para situações que necessitam de atendimento imediato.
Reclamou-se inclusive da infra-instrutora de alguns postos como: São Gonçalo, Loteamento Recife e Henrique Leite. Lamentou-se o fechamento dos Postos localizados na Areia Branca, Vila Marcela e José e Maria.
Focos de Infecção:
Na cidade foram encontrados vários focos de infecção provenientes da situação em que se encontra a rede de Saneamento Básico: Esgotos e canais obstruídos e com muitas bocas de lobo estouradas, muito lixo e a ainda esgotos abertos em alguns bairros.
Um dos focos de infecção vem da grande quantidade de terrenos baldios que acumulam lixos e proliferam ratos, baratas, mosquitos e outros insetos.
Transformou-se também em focos de infecção os canais, como nos bairros São Gonçalo, Rio Corrente, Quati, Cacheado, Pedro Raimundo e Vale do Grande Rio, que se encontram abandonados (cercado por matagal, funcionando como depósito de lixo e sem manutenção e limpeza plúbica).
Ainda relacionado à Saúde detectou-se algumas doenças freqüentes nos bairros: Hipertensão, dengue, gripes, diarréia, depressão, doenças de pele e diabetes. Ligado as doenças destacou-se o problema do alcoolismo (presente numa porcentagem elevadíssima na famílias) e a dependência química (drogas).
Outros problemas expostos por alguns bairros: falta de água; água não tratada (Projetos de Irrigação); problemas respiratórios devido à queima de lixo.
VIOLÊNCIA:
Foram pesquisados e debatidos vários tipos de violência em nosso município.
A Violência Urbana:
Esta violência esta fortalecida em alguns bairros por causa das drogas e do alcoolismo, mesmo assim foi constatada alguma melhoria por causa do policiamento nos bairros.
Em quase todos os bairros foi percebido que a falta de iluminação, a quantidade de matagal e a presença de buracos favorecem a violência. De fato é nesses áreas que se constata mais assaltos e perigos para a população.
Também existe maior risco de assaltos nas casas isoladas ou nas lojas nas quais não moram ninguém.
Violência Doméstica:
Foi apontada pelas diferentes Paróquias que existem um aumento crescente da violência doméstica, com brigas e espancamentos constantes. Esta violência é favorecida pelo álcool, pela droga e pelos ciúmes.
Alguma paróquia relacionou a violência à droga, à desestruturação familiar, ao stress, e a má educação.
Violência no Trânsito:
Esta violência está aumentando cada vez mais. Afeta a todos os veículos, mas preocupa especialmente a violência dos motociclistas.
Dois pontos foram destacados como causa desta violência: O desrespeito que se dá aos outros a as leis de trânsito (tanto pelos motoristas como pelos pedestres), e a falta de sinalização em vários pontos da cidade.
Aparecem também algumas outras questões ligadas à violência: A omissão de denuncias, a falta de confiança na policia, os problemas de transporte público e a violência dos jovens por causa do desemprego.
O MEIO AMBIENTE:
Além das pesquisas realizadas sobre este tema, houve nas paróquias algumas apresentações coreográficas e palestras que ajudaram a aprofundar sobre os problemas ligados ao Meio Ambiente.
A preocupação principal neste ponto é a quantidade de terrenos baldios, tanto públicos como privados, que representam um grande risco ambiental. Estes terrenos estão virando um verdadeiro depósito de lixo e de entulhos. Os galhos de podas são depositados também lá. Por causa do lixo nestes terrenos se concentram mosquitos, ratos e baratas; igualmente viram lugar de consumo de drogas.
É também um problema para o meio ambiente, segundo foi colocado por vários bairros, a queima de lixo que acontece nas casas e nas ruas.
É preocupante ambientalmente o grande desperdício de água que existe, umas vezes por descaso da Compesa: canos fracos que estouram continuamente e que a empresa demora em concertar, mesmos sendo avisada; e outras vezes pela falta de educação da população que desperdiça muita água (falta consciência para um consumo mais racional da água).
Como foi colocado no tema da saúde, na área do meio ambiente, também é preocupante a situação em que se encontram alguns canais da cidade.
Por último foram recolhidos problemas específicos de alguns bairros: o uso exagerado de agrotóxicos (projetos de irrigação), a falta de árvores, a quantidade de animais soltos, a poluição sonora produzida por bares e casas particulares com som muito alto (vários bairros apontaram este problema), a irresponsabilidade do povo na coleta de lixo...
PROPOSTAS DA SEMANA SOCIAL NAS PARÓQUIAS
Desde a Semana Social que aconteceu nas Paróquias e das pesquisas realizadas, foram colocadas as seguintes propostas:
NA SAÚDE:
ü A atividade prioritária proposta foi a cobrança às autoridades de uma solução para o descaso dos Postos de Saúde:
§ Que se aumente o número de profissionais em cada bairro.
§ Que sejam fornecidos mais meios e materiais que os postos estão precisando (seja feito um levantamento do que precisam).
§ Que sejam treinados profissionais para realizar um melhor
atendimento.
§ As quotas de atendimentos (fichas) devem ser aumentadas, também as quotas para exames e médicos especialistas.
§ Ter um plantão para urgência em cada posto de saúde.
§ Que sejam abertos os Postos fechados: Vila Marcela, Areia Branca e Jose e Maria. Não se aceita que sejam fechados os postos sob o pretexto de melhorar os outros postos; não está certo! Pelo contrário, seria preciso abrir novos postos em áreas abandonadas.
Além dos Postos houve outras propostas na área da saúde:
ü Fazer tratamento de água nos Projetos de Irrigação. Água sem tratamento é um grave risco para a saúde.
ü Fazer programas de conscientização a população a respeito da saúde e da prevenção, pelo poder público. O povo deve também mudar o tipo de alimentação e de vida sedentária.
ü Fazer saneamento básico onde ainda não tem, melhorar seu funcionamento onde já tem e limpar as bocas de lobos entupidas.
ü Fazer casas de recuperação para dependentes químicos (tipo Fazenda da Esperança).
Como instrumento de acompanhamento a saúde nos bairros, foi proposta a criação dos conselhos locais de saúde.
NO MEIO AMBIENTE
Neste ponto foram feitas cinco propostas:
ü Maior fiscalização (esta foi a proposta mais destacada). A maior fiscalização se refere a três questões concretas: respeito dos terrenos baldios, públicos e privados; respeito da poluição sonora que precisa critérios mais rigorosos nas licenças e um controle maior; e respeito do uso dos agrotóxicos.
ü Limpeza, cobertura e maior cuidado dos canais que estão na paróquia São Gonçalo e na paróquia de São Francisco de Assis.
ü Que seja fornecido pelo poder público maior informação sobre o destino que deve dar-se as pilhas usadas, aos objetos eletrônicos de descarte, aos entulhos e aos galhos de poda.
ü Que se faça uma campanha de conscientização sobre o consumo racional da água.
ü Fazer um trabalho educativo com a população para se produza uma verdadeira mudança de hábitos (Queima de lixo, uso excessivo de sacolas, desperdiço de água, destino do lixo....)
NA VIOLÊNCIA :
Na questão de violência foram colocadas várias propostas em relação especialmente com a prevenção.
ü Prevenção através da educação: é necessário fazer uma educação para uma cultura de paz tanto nas famílias como nas escolas. Também foi colocada a proposta de ter palestras de conscientização a respeito do álcool e da droga como elementos que incentivam a violência.
ü Prevenção a respeito de algumas condições que favorecem a violência nos bairros como: a falta de iluminação pública, as ruas esburacadas e a falta de sinalização. Cobrar providências ao poder Público.
ü Prevenir a violência criando espaços de lazer nos bairros, especialmente para jovens (quadras de esporte, judô, teatro....)
ü Prevenção da violência no trânsito através do controle tanto para os motoristas como para os pedestres, para que sejam respeitadas as leis de trânsito.
Ainda foram apontadas outras propostas por algumas das pesquisas: controle das licenças para bares, mudanças de nossas atitudes agressivas e violentas, qualificação moral e estrutural da polícia e denunciar situações de maus tratos nas famílias.
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