Maioria dos estadunidenses recusa leis anti-sindicais |
Internacional |
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Qua, 23 de Fevereiro de 2011 16:59 |
Wisconsin: a componente de direita estadunidense Washington, 25 fev. (PL) - O que ocorre no estado de Wisconsin (Centro-Oeste) é catalogado hoje como o resultado de uma componente de direita estadunidense com o fim de descabeçar os sindicatos de trabalhadores públicos. Durante mais de uma semana, cerca de 100 mil pessoas mantêm seu rechaço aos planos do governador Scott Walter e ao congreso estadual, controlado pelos republicanos. É la reação a algo controvertido: Scott promove uma iniciativa de lei que limitará o poder dos sindicatos do setor público a discutir só salários, deixando fora benefícios e condições de trabalho. Além disso, fixará um teto às melhorias salariais baseado no índice de inflação e aumenta as contribuições aos fundos de pensão e saúde. Mas os planos, que já recebem o apoio do movimento conservador Tea Party, desataram airadas reações que vão a caminho de converter-se num dos maiores protestos sindicais nos Estados Unidos das últimas décadas, segundo os comentaristas políticos. Alguns, como o politólogo Noam Chomsky, consideram que o que se desencadeou ali talvez seja o inicio do que verdadeiramente necessitam: um levante democrático. Outros analistas avaliam a situação e opinam que em Wisconsin se joga o futuro do poder sindical e de sua influência na distribuição dos rendimentos em toda a nação. Até agora, o argumento de Scott de que seu plano é necessário para equilibrar as contas do Estado não chega a convencer seus críticos, que reiteram que está em marcha uma experiência para destruir os sindicatos de trabalhadores públicos. A esses argumentos não lhes falta razão. No Estado existem índices melhores do que em outras partes do país. O desemprego é de 7,5% e o déficit projetado é de 12,8% do orçamento, ambos abaixo da média nacional. Isso dá margem a pensar que há um fundo político e não é de extranhar que mais de uma centena de organizações próximas ao Tea Party em todo o país comecem a se mobilizar a favor da medida de Scott. Os sindicatos públicos na maioría das vezes se inclinam pela formação democrata na disputa de cargos eletivos no país e seu aporte econômico às campanhas políticas é significativo, algo que preocupa os republicanos e afeta seus planos de retomar a Casa Branca e a maioría em ambas as câmaras do Congresso Federal. Este estado é o berço de um dos maiores sindicatos de funcionários públicos e enfermeiras do país, que aglutina a 170 mil membros, segundo dados oficiais. Conhecido por sus sigla em inglés como AFCSM, o sindicato adquiriu em 1959 a capacidade de negociar convênios coletivos de trabalho, o que traducido em poder preocupa o governador republicano. O código laboral estadunidense regula as relações de empresas privadas em nível federal, mas deixa a regulamentação dos empregados públicos em cada um dos estados na mão dos governos dessa instância. Walter, sujeitando o touro à unha, quer forçar os sindicatos a celebrar um plebiscito que os legitime anualmente e proibir as deduções automáticas das contribuições sindicais. O próprio político admite que pretende "limitar o poder dos sindicatos" e nisso espera poder ser a fonte de inspiração para muitos outros. Se esta lei é aprovada em Madison, será replicada em outros estados onde governantes intentan reduzir seu déficit orçamentário trasladando os custos para os trabalhadores do setor público. Iniciativas parecidas começaram a surgir em Ohio, Indiana e Tennessee, enquanto se extendem por todo o país movimentos de apoio aos trabalhadores de Wisconsin. Entretanto, talvez o conflito nesse estado não aumentará sua magnitud, pois segundo o diário The Wall Street Journal, republicanos e democratas negociavam uma proposta para limitar o projeto de lei em disputa contra os empregados públicos, o que ppderia favorecer o início de negociações. Não obstante, a peleja dos sindicatos contra Walker tem oportunidade de converter-se no marco que represente uma derrota a mais dos sindicatos. Ainda perdura a recordação da famosa greve de controladores de voo que Ronald Reagan quebrou en 1981. Posteriormente a isso, a derrota de greves maciças e prolongadas dos operários da carne em Minnesota ou dos operários industriais em Illinois, pontuaram o retrocesso do setor asalariado na vida econômica estadunidense durante as últimas três décadas. Cresce movimento de apoio a sindicalistas de Wisconsin Washington, 24 fev. (PL) - Enquanto o governador de Wisconsin, o republicano Scott Walter, prossegue com seu plano contra o movimento sindical, em nível nacional cresce hoje o apoio aos sindicalizados estadunidenses. À medida que outros governadores republicanos conservadores impulsionem similares ações contra os sindicatos como parte de suas políticas de redução orçamentária e de enfrentamento ao presidente Barack Obama, a repulsa avança no país. Em várias cidades milhares de trabalhadores apoiam a causa de seus colegas com vigílias e protestos contra os que pretendem despojá-los de seu direito a negociar contratos laborais, entre outros direitos. Ninguém silenciará nossas vozes! Não temos o luxo de poder perder! Digam ao povo em Wisconsin, somos um só!, exortou Art Pulaski, líder da Federação do Trabalho da Califórnia a uma multidão de trabalhadores que chegaram a Los Ángeles con velas e cartazes de todo o estado. Um grupo de 160 sindicalistas de Los Ángeles, por exemplo, viajou esta semana a Wisconsin para apoiar seus colegas. Também há agitação em Indiana e Ohio, regiões que têm propostas de leis que limitariam os dereitos laborais. Nas demonstrações de vontade de luta que se extendem a já cerca de 27 estados é comum escutar os sindicalizados expressar que "as negociações coletivas são uma forma de democracia"; "não culpem os trabalhadores pela avareza de Wall Street". Enquanto isso, o movimento desencadeado na Assembleia Legislativa de Madison, Wisconsin, é interpretado, além do mais, como a preparação do cenário político para as eleições de 2012, ante a possibilidade de que os republicanos freiem os sindicatos que apoiam os democratas. A situação já registra um impacto em nível nacional, refletido em que 61% dos estadunidenses rechaçam os projetos de leis anti-sindicais impulsionados por vários governadores republicanos, revelou na quarta-feira um estudo do instituto de pesquisa Gallup e do diário USA Today. A sondagem destacou que a maioria dos estadunidenses se opõe de forma enérgica a limitar o poder dos sindicatos, e só cerca de 33% está de acordo com isso. Vários sindicatos e organizações nacionais respaldaram as manifestações e ameaçaram aumentar as greves se os republicanos insistem em seus projetos. Maioria dos estadunidenses recusa leis anti-sindicais Washington, 23 fev. (Prensa Latina) ― Cerca de 61% dos estadunidenses recusam os projetos de leis anti-sindicais impulsionadas por vários governadores republicanos, revela hoje uma pesquisa. A pesquisa, da empresa Gallup e do diário USA Today, destaca que a maioria dos norte-americanos se opõe de forma enérgica a limitar o poder dos sindicatos e apenas 33% estão de acordo. A polêmica sobre o tema eclodiu este mês, quando o chefe de governo de Wisconsin, Scott Walker, anunciou um plano que despojaria a maioria dos funcionários públicos de seus direitos de negociação coletiva e também os obrigaria a pagar mais pelo sistema de pensões e de seguro médico. A proposta desatou protestos sem precedentes nos últimos anos em Wisconsin. Neste domingo concentraram-se cerca de 70 mil pessoas em frente à sede do órgão legislativo estadual, em Madison, para recusar a iniciativa. Por sua vez, os membros da bancada democrata, que são minoria no Congresso territorial, abandonaram o estado para não dar quórum e, portanto, impedir a discussão do regulamento. Governadores republicanos programam apresentar iniciativas similares em Ohio, New Jersey, Indiana, Iowa e outros estados. Nesta terça-feira, os protestos estenderam-se a Indiana e Ohio, em uma batalha que chegou a Washington depois das críticas realizadas pelo presidente Barack Obama a Walker, e à resposta dos republicanos. Vários sindicatos e organizações nacionais respaldaram as manifestações e ameaçaram aumentar as greves se os republicanos insistirem em seus projetos. Para o Conselho Trabalhista para o Avanço do Trabalhador Latino-americano, o anúncio de Walker é um "ataque aos operários e às instituições centrais que os protegem". Enquanto o agrupamento Organizando pelos Estados Unidos, que reúne dirigentes de sindicatos nacionais e estaduais, anunciou sua mobilização em apoio aos manifestantes. Leis anti-sindicais dividem democratas e republicanos nos EUA Washington, 23 fev. (Prensa Latina) ― As leis antissindicais impulsionadas por vários governadores republicanos nos Estados Unidos coloca hoje esse partido em enfrentamento com o Democrata, com fortes bases nos sindicatos da União. Tanto o presidente Barack Obama como legisladores democratas anunciaram sua rejeição a essas iniciativas, por considerá-las um ataque contra os trabalhadores. Meios de imprensa destacaram que Obama inclusive pôs a disposição dos manifestantes de Wisconsin, epicentro dos protestos, sua equipe política nesse estado. Os questionamentos do presidente desataram outra polêmica, porque seus opositores estimam que não deveria intrometer-se em um assunto que afeta o orçamento de um estado. O senador democrata Charles Schumer também enviou uma mensagem de apoio aos manifestantes. Por sua vez, os republicanos cerraram fileiras em defesa de seus governadores. A Associação de Governadores Republicanos (RGA, na sigla em inglês) abriu uma página na internet para respaldar o governador de Wisconsin, Scott Walker, que enfrenta duras críticas por seu projeto. Walker anunciou um plano que despojaria a maioria dos funcionários públicos de seus direitos de negociação coletiva e também os obrigaria a pagar mais pelo sistema de pensões e de seguro médico. Similares projetos estão previstos para serem apresentados em Ohio, Iowa, New Jersey e Indiana. O presidente da RGA, o governador do Texas, Rick Perry, lidera a lista de membros do partido que manifestaram seu apoio a Walker. Citadas pelo diário The New York Times, fontes dessa formação política reconheceram que ainda que não há uma campanha coordenada, os republicanos se comunicam entre si para abordar o tema mediante mensagens e chamadas telefônicas, além de oferecer seu apoio moral. Enquanto isso, o ultraconservador movimento Tea Party começou a mobilizar seus partidários em defesa das medidas. Prosseguem protestos sindicais em Wisconsin (EUA) Washington, 22 fev. (Prensa Latina) ― O movimento sindical no estado de Wisconsin (EUA) prossegue hoje os protestos contra a tentativa do governador republicano Scott Walter de despojar os trabalhadores de seus direitos de negociação coletiva. O plano de Walter obrigaria também os sindicalistas a pagar mais pelo sistema de pensões e de seguro médico. Isso provoca há quase duas semanas irados protestos nos arredores do Capitólio estatal, em Madison, e ameaça se expandir a outras regiões do país onde políticos republicanos querem seguir os passos de Walter. Ontem o governador recusou transigir com os manifestantes, enquanto se mantém o interesse nacional, já que outros governadores republicanos poderiam tentar enfrentar-se com poderosos sindicatos de empregados públicos, como parte de suas políticas de cortes do orçamento. Acabar com o projeto de Walker é essencial para os sindicatos empregados públicos, que formam uma parte importante da base do Partido Democrata. O presidente estadunidense Barack Obama e outros democratas precisarão do apoio dos sindicatos nas eleições de 2012 para combater o enorme fluxo de fundos corporativos a campanhas políticas, permitidos depois de uma decisão da Corte Suprema no ano passado. Segundo meios de imprensa, Walker declarou que seu estado encabeçará uma ofensiva em todo o país para debilitar aqueles sindicatos que negociaram pacotes de compensação, na sua opinião, excessivos. Enquanto isso, os assalariados esperam que o governador faça concessões depois de enfrentar cortes em suas compensações por aposentadorias e seguros de saúde, o que afetará os salários de muitos trabalhadores em cerca de 8%. Espera-se que os protestos se expandam a Ohio e Indiana, onde os republicanos tratam de aprovar medidas similares. A tensão aumentou no último fim de semana, quando membros do ultraconservador movimento Tea Party realizaram uma marcha em respaldo à medida, com o argumento de que é necessária para enfrentar o déficit fiscal do estado. A respeito, o presidente da Câmera de Representantes dos Estados Unidos, John Boehner, ameaçou vetar a Lei de Orçamento se a Casa Branca não conseguir reduzir a despesa. Boehner advertiu que não aceitará nem sequer uma extensão temporária de financiamento, o que provocará que, por lei, em 4 de março o Governo fique sem dinheiro. |
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